Antonio Bandeira (1922 – 1967) foi um pintor, desenhista e gravador nascido em Fortaleza, que iniciou-se na pintura como autodidata. Em 1941, participou da criação do Centro Cultural de Belas Artes – CCBA, que dá origem, em 1943, à Sociedade Cearense de Artes Plásticas – SCAP. Em 1945, transferiu-se para o Rio de Janeiro e, no ano seguinte, realizou sua primeira exposição individual, no Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB/RJ.
Contemplado pelo governo francês com bolsa de estudos, permaneceu em Paris de 1946 a 1950. Frequentou a École Nationale Supérieure des Beaux-Arts e a Académie de la Grande Chaumière, mas, em busca de uma arte não acadêmica, deixou essas instituições. Entre 1947 e 1948 participou de dois importantes eventos: o Salon d’Automne e o Salon d’Art Libre.
De volta ao Brasil, em 1951, instala-se no ateliê do amigo escultor José Pedrosa, onde também trabalha o pintor Milton Dacosta e apresenta-se na 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Em 1952, criou um mural para o Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB/SP, em São Paulo.
Retornou a Paris em 1954 para o Prêmio Fiat, obtido na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, mas não deixou de expor no Brasil. Permaneceu na Europa até 1959, passando pela Inglaterra e Bélgica, onde, em 1958, realizou um painel para o Palais des Beaux-Arts. Ao retornar ao Brasil, participa de importantes exposições, em paralelo a mostras em Paris, Munique, Verona, Londres e Nova York. Voltou a Paris em 1965, onde permaneceu até sua morte.