O italiano Alfredo Volpi mudou-se com os pais para São Paulo em 1897, quando tinha apenas um ano de idade. Em 1911, aos 16 anos, começa a trabalhar como aprendiz de decorador de parede, ao mesmo tempo em que começa a realizar as primeiras obras sobre telas e madeiras.
Sua primeira participação em uma exposição coletiva acontece em 1925, no Palácio das Indústrias de São Paulo, onde seus retratos e paisagens rendem comparações com os impressionistas pelo uso de luz e cores.
Volpi participou das três primeiras edições da Bienal Internacional de São Paulo, onde dividiu o prêmio de Melhor Pintor Nacional com Di Cavalcanti em 1953, na segunda edição do evento. Passa a evoluir para o abstracionismo geométrico, e suas pinturas de fachadas logo começam a incorporar as famosas bandeirinhas de festa junina, que se tornariam uma marca registrada do seu trabalho.
Nome identificado com a segunda geração do modernismo brasileiro, Volpi passou por diversas transformações artísticas ao longo da sua carreira, sempre de maneira gradual e sem nunca perder suas características próprias, demonstrando um profundo senso de diálogo com diferentes movimentos.