Juraj Kollár (1981) é um artista nascido na Eslováquia, que mudou-se para Praga para se dedicar aos estudos. Depois mudou-se para Berlim, onde alcançou seu primeiro sucesso europeu, nomeadamente o 3º Prémio Celeste Prize de 2009. Hoje em dia, Paris oferece-lhe a possibilidade de se redescobrir, procurar as raízes, redefinir-se. A primeira estadia curta em Paris foi oferecida a ele no final de seus estudos e, desde então, Kollár permanece lá por três a quatro meses por ano.
Kollár é uma personalidade forte do cenário da arte contemporânea. Sua abordagem é uma antítese ao método dos artistas que empregam a linguagem visual da cultura pop, o sarcasmo e a citação do kitsch como fonte de codificação contextual das pinturas. Kollár não cria imagens de partes individuais como quebra-cabeças de motivos, mas como vistas de espaços, que funcionam como meta-imagens conectando todas as suas pinturas.
Sua criação abstrata está firmemente ancorada na pesquisa plástica que ocorre na ex-Tchecoslováquia. Tal abordagem implicava repensar as origens da pintura abstrata, ou seja, a relação de um pintor com a realidade representada. Suas raízes podem ser encontradas na pesquisa de František Kupka (1871-1957) com sua visão de um pintor chamado a criar como a Natureza faz.
Para os espectadores, suas obras são uma espécie de verdadeiro hiato no tempo para que possam se encontrar frente a frente com sua pintura. Na verdade, não totalmente sozinhos: são acompanhados de perguntas sobre o que se consegue ver ou distinguir.